Desde que ingressei no mountain biking h\u00e1 quatro anos atr\u00e1s, interessei-me por percorrer o Caminho da F\u00e9 devido aos excelentes relatos de cicloturistas que conheci. Finalmente, ao planejar mais uma cicloviagem de final de ano, decidi-me pelo Caminho da F\u00e9. Foram cinco dias de pedalada e falar a respeito do mesmo n\u00e3o \u00e9 tarefa f\u00e1cil, pois h\u00e1 diversas nuances e aspectos muitos ricos.<\/p>\n O Caminho da F\u00e9 \u00e9 a maior trilha de peregrina\u00e7\u00e3o do Brasil e foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela com o objetivo de incentivar e apoiar romeiros a fazerem peregrina\u00e7\u00e3o ao Santu\u00e1rio Nacional de Aparecida. Em setembro de 2013, o Caminho da F\u00e9 passou a fazer parte dos roteiros do programa \u201cCaminha S\u00e3o Paulo\u201d, da Secretaria de Turismo de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n A peregrina\u00e7\u00e3o pode ser realizada tanto a p\u00e9 como de bicicleta. Eu, Marcello Ruivo, Professor Arnaldo e mais 13 pessoas percorremos o caminho de bicicleta.<\/p>\n O ramal original do Caminho da F\u00e9 tem 497 km de extens\u00e3o, quase dois mil metros de altimetria acumulada, e grande parte do percurso se d\u00e1 pela Serra da Mantiqueira, por trilhas, bosques, estradas vicinais e tamb\u00e9m asfalto.<\/p>\n A Serra da Mantiqueira tem uma forma\u00e7\u00e3o geol\u00f3gica datada da era arqueana que compreende um maci\u00e7o rochoso que possui grande \u00e1rea de terras altas, entre mil e quase tr\u00eas mil metros de altitude, ao longo das divisas dos estados de Minas Gerais, S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira existem diversas unidades de conserva\u00e7\u00e3o, como a \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o ambiental Serra da Mantiqueira, dividida entre os tr\u00eas estados, o Parque Nacional de Itatiaia, dividido entre Minas e Rio, e os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio, em Minas, e Campos do Jord\u00e3o, em S\u00e3o Paulo. Cerca de 10% da serra encontra-se em terras fluminenses; 30% da serra est\u00e1 localizada no estado de S\u00e3o Paulo, e os demais 60% est\u00e3o localizados no estado de Minas Gerais.<\/p>\n <\/p>\n Os recursos s\u00e3o extremamente simples, mas tudo muito organizado, desde a reserva nas pousadas at\u00e9 a sinaliza\u00e7\u00e3o do caminho. Percorr\u00ea-lo \u00e9 um exerc\u00edcio de humildade e simplicidade, pois o peregrino precisa se despojar do sup\u00e9rfluo e carregar consigo somente o que cabe em sua mochila. A hospedagem se d\u00e1 em pousadas muito simples, algumas delas sendo a pr\u00f3pria casa da pessoa que mora ao longo do percurso. As refei\u00e7\u00f5es nestas pousadas s\u00e3o bem simples, mas feitas com muita dedica\u00e7\u00e3o e amor. Em todos os lugares os peregrinos s\u00e3o reconhecidos e recebidos extremamente bem. Em cada parada, o peregrino contribui para o desenvolvimento econ\u00f4mico e social das pequenas cidades e tamb\u00e9m a integra\u00e7\u00e3o cultural com os habitantes da regi\u00e3o.<\/p>\n Iniciamos a cicloviagem no dia 26 de dezembro e a finalizamos no dia 30. Foram cinco dias de pedal consecutivos perfazendo tr\u00eas cidades por dia.<\/p>\n 1\u00ba Dia:<\/strong>\u00a0\u00c1guas da Prata, Andradas e Barra Cris\u00f3lia Pedalamos em m\u00e9dia 70 km por dia. \u00c9 uma quilometragem grande para quem n\u00e3o tem experi\u00eancia em moutain biking ou para quem n\u00e3o est\u00e1 preparado fisicamente e emocionalmente. O cansa\u00e7o e a dificuldade do caminho colocam \u00e0 prova o humor dos participantes da viagem. Por isto a quilometragem di\u00e1ria deve ser reduzida se a pessoa dispuser de mais dias para a viagem. Desta forma, ter\u00e1 mais tempo para apreciar as magn\u00edficas paisagens e interagir mais com as pessoas da regi\u00e3o. \u00c9 um aprendizado \u00edmpar!<\/p>\n <\/p>\n Ao escolher percorrer o Caminho da F\u00e9, \u00e9 necess\u00e1rio ter em mente claramente seus objetivos. \u00c9 necess\u00e1rio ter uma motiva\u00e7\u00e3o original com significado para o que se quer, do contr\u00e1rio todo o esfor\u00e7o pode perder o sentido.<\/p>\n Para quem \u00e9 mountain biker (esportista), a motiva\u00e7\u00e3o pode vir da supera\u00e7\u00e3o das montanhas, pedalar at\u00e9 o mais alto cume e saber que deu conta do recado. Para alguns a motiva\u00e7\u00e3o est\u00e1 vinculada \u00e0 religi\u00e3o, a chegar ao destino final.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Por isto, ao optar por percorrer o Caminho da F\u00e9, \u00e9 necess\u00e1rio realizar com anteced\u00eancia uma \u00f3tima prepara\u00e7\u00e3o f\u00edsica, dispor de equipamentos adequados e prepara\u00e7\u00e3o emocional.<\/p>\n \u00c9 necess\u00e1rio saber aonde quer chegar, porque quer chegar, o que vai levar do Caminho e principalmente o que vai deixar pelo Caminho.<\/p>\n \u00c9 importante definir um objetivo e estabelecer as etapas a serem cumpridas de acordo com a sua capacidade. Se a sua viagem n\u00e3o tiver um prop\u00f3sito, \u00e9 bem prov\u00e1vel que voc\u00ea n\u00e3o encontre for\u00e7as para continuar, como ocorreu com diversos participantes do nosso grupo. Muitos deles n\u00e3o pedalaram o caminho todo, por falta de condicionamento f\u00edsico, por falta de experi\u00eancia e por subestimar a farta quantidade de informa\u00e7\u00f5es e alertas que receberam a respeito das dificuldades que enfrentariam durante os cinco dias. \u00a0Alguns membros n\u00e3o se prepararam adequadamente para os desafios, n\u00e3o encararam a cicloviagem com responsabilidade e alguns at\u00e9 com certo desrespeito. Com isto causaram problemas para si mesmos e tamb\u00e9m para o restante do grupo. N\u00e3o compreenderam que colocaram em risco a pr\u00f3pria seguran\u00e7a e a de outros membros do grupo tamb\u00e9m.<\/p>\n Uma cicloviagem pelo Caminho da F\u00e9 demanda do participante maturidade e seriedade, pois as dificuldades lhe ser\u00e3o apresentadas a cada hora, e \u00e9 necess\u00e1rio estar preparado para super\u00e1-las. O Caminho da F\u00e9 n\u00e3o \u00e9 apenas uma viagem, \u00e9 uma jornada de aprendizado, de grande exerc\u00edcio de conviv\u00eancia, de respeito m\u00fatuo, respeito \u00e0 natureza, \u00e0s cidades e aos seus habitantes. Por isto, percorrer o Caminho da F\u00e9 sem um prop\u00f3sito \u00e9 um contrassenso. No caminho estamos de passagem, mas precisamos chegar ao destino final melhor do que quando o iniciamos.<\/p>\n Ao final do dia de pedalada chegar ao simples conforto de uma pousadinha no meio da mata era um grande presente, mas sinceramente, s\u00f3 me sentia completamente feliz quando estava pedalando pelas montanhas. \u00c9 o meu momento \u201cDom Quixote\u201d, que dizia que gostava do conforto da pousada, mas somente conseguia se sentir vivo quando cavalgava o seu cavalo Rocinante. Assim sou eu com a minha bicicleta.<\/p>\n Localiza\u00e7\u00e3o pelo Caminho\u00a0da F\u00e9 e sua condi\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n O Caminho \u00e9 todo sinalizado, por isto, n\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio mapas e nem GPS. Basta ficar atento \u00e0s setas amarelas que est\u00e3o pintadas em postes, muros, cercas, barrancos, costas de placas das estradas, entre outros lugares. O terreno onde o ciclista roda como um todo \u00e9 muito bom. Possibilita ao biker \u00f3timas sensa\u00e7\u00f5es, pois s\u00e3o poucas as \u201cpegadinhas\u201d, como pedras escondidas ou sulcos mal posicionados. Consegue-se desenvolver uma boa pedalada para que o n\u00edvel aumente. Ao chegar nas cidades, se tiver d\u00favida sobre por onde seguir, a popula\u00e7\u00e3o local lhe dar\u00e1 instru\u00e7\u00f5es para que voc\u00ea retome o caminho. Sente-se uma atmosfera amistosa no geral. Fontes de \u00e1gua na beira da estrada ajeitadas pelos moradores s\u00e3o surpresas agradabil\u00edssimas.<\/p>\n Prepara\u00e7\u00e3o e seguran\u00e7a<\/strong><\/p>\n Pedalar muitos quil\u00f4metros exige muita prepara\u00e7\u00e3o. \u00c9 fundamental levar em considera\u00e7\u00e3o que durante muito tempo voc\u00ea pode estar sozinho pela trilha. Mesmo pedalando em grupo \u00e9 comum que os ritmos sejam diferentes e com isto haja um distanciamento entre os ciclistas. Por isto sua sa\u00fade e condicionamento f\u00edsico devem estar em perfeito estado. Durante o percurso seja prudente, acidentes n\u00e3o s\u00e3o bem-vindos, principalmente aqueles causados por impud\u00eancia. Lembre-se de que manobras arriscadas e alta velocidade sem consci\u00eancia de seu alto n\u00edvel n\u00e3o cabem em um percurso como este. A ideia \u00e9 chegar, e chegar bem.<\/p>\n O socorro em trilhas como o Caminho da F\u00e9 est\u00e1 muito distante, sem que haja um pronto-atendimento. Leve medica\u00e7\u00e3o e alguns itens para algumas emerg\u00eancias, como ataduras e antiss\u00e9pticos. Nunca se aparte do grupo. Certifique-se de manter contato com o mesmo e caso haja um distanciamento maior, fique no lugar aguardando algum membro do grupo chegar at\u00e9 voc\u00ea. Deixe o seu itiner\u00e1rio, telefones de pousadas onde se hospedar\u00e1 com algum membro de sua fam\u00edlia, desta forma em caso de necessidade saber\u00e3o onde localiz\u00e1-lo. Estando em grupo, fa\u00e7a da sua participa\u00e7\u00e3o algo prazeroso para todos, seja gentil e submeta-se \u00e0s regras do grupo: o individualismo n\u00e3o \u00e9 bem-vindo, pense coletivamente!<\/p>\n Antevendo que algumas pessoas de nosso grupo poderiam ter dificuldades de cumprir o longo trajeto di\u00e1rio e se estivessem com peso extra de bagagem, certamente sucumbiriam nos primeiros 25 quil\u00f4metros, conseguimos uma caminhonete e um carro para apoio. Sem isso, poucas pessoas do grupo teriam finalizado a viagem. Tamb\u00e9m conseguimos bagageiros, alforjes, mochilas, bolsas para ferramentas, entre outros acess\u00f3rios, o que nos proporcionou grande conforto para transportarmos nossas tralhas.<\/p>\n Apoio:\u00a0<\/strong>Seguradora Porto Seguro, Thule e a grande amiga Neusa Telheiros.<\/p>\n O que levar:\u00a0<\/strong>Leve o menos poss\u00edvel, pois qualquer peso adicional tornar\u00e1 o seu percurso muito dif\u00edcil. Leve o essencial: ferramentas para reparo da bicicleta, uma gancheira, apenas uma troca de roupa e alimento para o percurso.<\/p>\n Planejamento:<\/strong>\u00a0Planeje a viagem de acordo com o seu condicionamento f\u00edsico. Estude o percurso, fa\u00e7a reservas com anteced\u00eancia nas pousadas, revise o seu equipamento e certifique-se de que a sua bicicleta \u00e9 apropriada para este tipo de viagem.<\/p>\n Investimento individual:\u00a0<\/strong>Custo m\u00e9dio com hospedagem para seis dias: R$ 300,00. Custo m\u00e9dio com alimenta\u00e7\u00e3o: R$ 250,00<\/p>\n Onde encontrar informa\u00e7\u00f5es a respeito do Caminho da F\u00e9<\/strong><\/p>\n www.caminhodafe.com.br<\/a> Viajar por quase uma semana, por diversas cidades, fazer muito exerc\u00edcio, alimentar-se bem, divertir-se, ficar em contato direto com muita natureza, conhecer diferentes culturas e ainda com baixo custo, parece inacredit\u00e1vel, mas uma cicloviagem pode lhe proporcionar tudo isto! Um dos primeiros passos \u00e9 escolher o roteiro que pretende percorrer. A cicloviagem pode ser nacional ou internacional, com ou sem apoio, mas seja ela qual for, o melhor de tudo ser\u00e1 percorrer longas dist\u00e2ncias sobre uma bicicleta e prazerosamente sentir o vento e o giro das pedaladas. \u00a0Revista Bicicleta\u00a0por\u00a0Claudia Franco Desde que ingressei no mountain biking h\u00e1 quatro anos atr\u00e1s, interessei-me por percorrer o Caminho da F\u00e9 devido aos excelentes relatos de cicloturistas que conheci. Finalmente, ao planejar mais uma cicloviagem de final de ano, decidi-me pelo Caminho da F\u00e9. Foram cinco dias de pedalada e falar a respeito do mesmo n\u00e3o \u00e9 tarefa f\u00e1cil, pois h\u00e1 diversas nuances e aspectos muitos ricos. O Caminho da F\u00e9 \u00e9 a maior trilha de peregrina\u00e7\u00e3o do Brasil e foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela com o objetivo de incentivar e apoiar romeiros a fazerem peregrina\u00e7\u00e3o ao Santu\u00e1rio Nacional de Aparecida. Em setembro de 2013, o Caminho da F\u00e9 passou a fazer parte dos roteiros do programa \u201cCaminha S\u00e3o Paulo\u201d, da Secretaria de Turismo de S\u00e3o Paulo. A peregrina\u00e7\u00e3o pode ser realizada tanto a p\u00e9 como de bicicleta. Eu, Marcello Ruivo, Professor Arnaldo e mais 13 pessoas percorremos o caminho de bicicleta. O ramal original do Caminho da F\u00e9 tem 497 km de extens\u00e3o, quase dois mil metros de altimetria acumulada, e grande parte do percurso se d\u00e1 pela Serra da Mantiqueira, por trilhas, bosques, estradas vicinais e tamb\u00e9m asfalto. A Serra da Mantiqueira tem uma forma\u00e7\u00e3o geol\u00f3gica datada da era arqueana que compreende um maci\u00e7o rochoso que possui grande \u00e1rea de terras altas, entre mil e quase tr\u00eas mil metros de altitude, ao longo das divisas dos estados de Minas Gerais, S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro. Na Serra da Mantiqueira existem diversas unidades de conserva\u00e7\u00e3o, como a \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o ambiental Serra da Mantiqueira, dividida entre os tr\u00eas estados, o Parque Nacional de Itatiaia, dividido entre Minas e Rio, e os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio, em Minas, e Campos do Jord\u00e3o, em S\u00e3o Paulo. Cerca de 10% da serra encontra-se em terras fluminenses; 30% da serra est\u00e1 localizada no estado de S\u00e3o Paulo, e os demais 60% est\u00e3o localizados no estado de Minas Gerais. Os recursos s\u00e3o extremamente simples, mas tudo muito organizado, desde a reserva nas pousadas at\u00e9 a sinaliza\u00e7\u00e3o do caminho. Percorr\u00ea-lo \u00e9 um exerc\u00edcio de humildade e simplicidade, pois o peregrino precisa se despojar do sup\u00e9rfluo e carregar consigo somente o que cabe em sua mochila. A hospedagem se d\u00e1 em pousadas muito simples, algumas delas sendo a pr\u00f3pria casa da pessoa que mora ao longo do percurso. As refei\u00e7\u00f5es nestas pousadas s\u00e3o bem simples, mas feitas com muita dedica\u00e7\u00e3o e amor. Em todos os lugares os peregrinos s\u00e3o reconhecidos e recebidos extremamente bem. Em cada parada, o peregrino contribui para o desenvolvimento econ\u00f4mico e social das pequenas cidades e tamb\u00e9m a integra\u00e7\u00e3o cultural com os habitantes da regi\u00e3o. Iniciamos a cicloviagem no dia 26 de dezembro e a finalizamos no dia 30. Foram cinco dias de pedal consecutivos perfazendo tr\u00eas cidades por dia. 1\u00ba Dia:\u00a0\u00c1guas da Prata, Andradas e Barra Cris\u00f3lia 2\u00ba Dia:\u00a0Ouro Fino, Borda da Mata e Tocos de Moji 3\u00ba Dia:\u00a0Estiva, Consola\u00e7\u00e3o e Parais\u00f3polis 4\u00ba Dia:\u00a0Luminosa, Campista e Campos do Jord\u00e3o 5\u00ba Dia:\u00a0Pousadas, Pindamonhangaba e Aparecida Pedalamos em m\u00e9dia 70 km por dia. \u00c9 uma quilometragem grande para quem n\u00e3o tem experi\u00eancia em moutain biking ou para quem n\u00e3o est\u00e1 preparado fisicamente e emocionalmente. O cansa\u00e7o e a dificuldade do caminho colocam \u00e0 prova o humor dos participantes da viagem. Por isto a quilometragem di\u00e1ria deve ser reduzida se a pessoa dispuser de mais dias para a viagem. Desta forma, ter\u00e1 mais tempo para apreciar as magn\u00edficas paisagens e interagir mais com as pessoas da regi\u00e3o. \u00c9 um aprendizado \u00edmpar! Ao escolher percorrer o Caminho da F\u00e9, \u00e9 necess\u00e1rio ter em mente claramente seus objetivos. \u00c9 necess\u00e1rio ter uma motiva\u00e7\u00e3o original com significado para o que se quer, do contr\u00e1rio todo o esfor\u00e7o pode perder o sentido. Para quem \u00e9 mountain biker (esportista), a motiva\u00e7\u00e3o pode vir da supera\u00e7\u00e3o das montanhas, pedalar at\u00e9 o mais alto cume e saber que deu conta do recado. Para alguns a motiva\u00e7\u00e3o est\u00e1 vinculada \u00e0 religi\u00e3o, a chegar ao destino final. Por isto, ao optar por percorrer o Caminho da F\u00e9, \u00e9 necess\u00e1rio realizar com anteced\u00eancia uma \u00f3tima prepara\u00e7\u00e3o f\u00edsica, dispor de equipamentos adequados e prepara\u00e7\u00e3o emocional. \u00c9 necess\u00e1rio saber aonde quer chegar, porque quer chegar, o que vai levar do Caminho e principalmente o que vai deixar pelo Caminho. \u00c9 importante definir um objetivo e estabelecer as etapas a serem cumpridas de acordo com a sua capacidade. Se a sua viagem n\u00e3o tiver um prop\u00f3sito, \u00e9 bem prov\u00e1vel que voc\u00ea n\u00e3o encontre for\u00e7as para continuar, como ocorreu com diversos participantes do nosso grupo. Muitos deles n\u00e3o pedalaram o caminho todo, por falta de condicionamento f\u00edsico, por falta de experi\u00eancia e por subestimar a farta quantidade de informa\u00e7\u00f5es e alertas que receberam a respeito das dificuldades que enfrentariam durante os cinco dias. \u00a0Alguns membros n\u00e3o se prepararam adequadamente para os desafios, n\u00e3o encararam a cicloviagem com responsabilidade e alguns at\u00e9 com certo desrespeito. Com isto causaram problemas para si mesmos e tamb\u00e9m para o restante do grupo. N\u00e3o compreenderam que colocaram em risco a pr\u00f3pria seguran\u00e7a e a de outros membros do grupo tamb\u00e9m. Uma cicloviagem pelo Caminho da F\u00e9 demanda do participante maturidade e seriedade, pois as dificuldades lhe ser\u00e3o apresentadas a cada hora, e \u00e9 necess\u00e1rio estar preparado para super\u00e1-las. O Caminho da F\u00e9 n\u00e3o \u00e9 apenas uma viagem, \u00e9 uma jornada de aprendizado, de grande exerc\u00edcio de conviv\u00eancia, de respeito m\u00fatuo, respeito \u00e0 natureza, \u00e0s cidades e aos seus habitantes. Por isto, percorrer o Caminho […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1858,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":"","om_disable_all_campaigns":false,"_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_uf_show_specific_survey":0,"_uf_disable_surveys":false,"footnotes":""},"categories":[9,10],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1854"}],"collection":[{"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1854"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1854\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/media\/1858"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1854"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1854"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1854"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}![\"\"](\"https:\/\/caminhodafe.com.br\/ptbr\/wp-content\/uploads\/2017\/07\/cicloviagem-no-caminho-da-f\u00e9.jpg\")
<\/a><\/p>\n<\/a><\/p>\n<\/a><\/p>\n
\n2\u00ba Dia:<\/strong>\u00a0Ouro Fino, Borda da Mata e Tocos de Moji
\n3\u00ba Dia:\u00a0<\/strong>Estiva, Consola\u00e7\u00e3o e Parais\u00f3polis
\n4\u00ba Dia:\u00a0<\/strong>Luminosa, Campista e Campos do Jord\u00e3o
\n5\u00ba Dia:\u00a0<\/strong>Pousadas, Pindamonhangaba e Aparecida<\/p>\n<\/a><\/p>\n<\/a><\/p>\n
\nwww.olinto.com.br<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"